Pelas manhãs de Outono é sempre bom passar junto a linhas de água, quer pelo nevoeiro que por vezes se levanta, quer pelos brilhos e cores que a água sempre reflete proporcionando efeitos fantásticos.

No espelho de água da Ribeira-de-Eiras com todos os reflexos magníficos observo um corvo marinho pousado numas pedras no meio da ribeira…

Hoje de manhã eram umas 7.30 quando ao passar no “espelho de água” da Ribeira-de-Eiras ao sairmos de Mação em direção ao Furtado, reparo numa ave pousada numa pedra no meio da ribeira, era um corvo-marinho, mais precisamente um Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo), abrandei um pouco e parei o carro, muito lentamente tirei umas fotografias para poder aqui testemunhar.

Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo)

Esta ave tem uma maneira muito peculiar de pescar, mergulha atrás do peixe e é usual vê-los de asas abertas para secarem as penas mais depressa. Por uma das fotos dá para ver como as patas estão preparadas para água, por outro lado as penas também estão preparadas para não ensoparem.

Nesta foto da para observar como as patas estão concebidas para ajudar a nadar debaixo de água…

Avistei também um Mergulhão-pequeno (Tachybaptus ruficollis), uma ave um pouco mais esquiva que logo mergulha e deixa de se ver, tanto uma como a outra não são aves muito usuais desta ribeira. Mas com o fim da época reprodutora (em que vivem em colónias) e o início de tempos mais frios dispersam um pouco para locais mais ermos.

Neste local também encontro por vezes a garça-real (Ardea cinerea) ou o guarda-rios (Alcedo atthis), lontras (Lutra lutra) também são habitantes frequentes.

Talvez um dia com mais tempo possa esperar e tirar melhores fotografias, hoje foi o que deu para observar.

É bom o contacto com a natureza, a mim dá-me vontade de viver, é como reencontrar-me todos os dias com o “sagrado” experimentem. Enjoy it!

Abraço