Acrescentando biodiversidade a um ecossistema em ruína.

 

Há cerca de um ano atrás, plantei sementes de várias plantas, entre elas de Azereiro (Prunus Lusitanica), proveniente do Aziral (Mação) de uma população selvagem, também de Freixo, Sanguinho-das-sebes, Gilbardeira (Ruscus aculeatus) entre outras. Hoje decidi devolver estas plantas à natureza, já que são todas nativas de Portugal. Também levei algumas bolotas de Sobreiro, e castanhas para semear na minha caminhada.

Fui a um troço da Ribeira-de-Eiras que achei o ideal para por estas plantas. Mal cheguei ao local, observei que um Mergulhão-de-crista acabara de mergulhar, assim desaparecendo naquele espelho de água. Aliás, é a primeira vez que vejo tal espécie ao vivo, apesar de a conhecer, e saber que existe por exemplo na barragem de Montargil. Uma outra espécie de mergulhão costuma de frequentar este local no Inverno, é o Mergulhão -pequeno, mas nunca vi mais que três neste local. Um Corvo-marinho passa por cima da minha cabeça descendo a ribeira.

Reparo num pequeno besouro cuja a sua cor o denunciou no meio da vegetação, trata-se do Escaravelho-vermelho (Chrysolina grossa). Estava difícil mas consigo umas fotos razoáveis…

Encontro dois “Frades” (Macropeliota procera) já muito maduros. A rasar a água, passa um Guarda-rios que nem uma flecha, tento ver onde pousa, mas este entra por baixo dos amieiros, e deixo de o ver. Fico com a sua bela imagem na cabeça por breves segundos.

Começo a espalhar árvores e sementes de uma forma dispersa, e natural por entre as estevas. Reparo que as orquídeas já começam a romper a terra, não sei que espécie será, mas tem umas folhas bem castiças. Um verde “sarapintado”.

Ouço Piscos e Toutinegras-de-barrete-preto, parecem estar sempre a observar-me mas eu não os vejo.

Depois de plantar e semear tudo o que trouxe comigo, sinto calor no meio peito, algum suor apesar dos chuviscos e da manhã fresca. Deu para suar!

Quando volto para o carro aproveito e fotografo alguns cogumelos, quatro deles vieram para casa comigo, são três “frades” mas estes com bom aspecto!

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