O que fazer ao encontrar crias de rapinas nocturnas no chão? A primeira coisa que virá à cabeça de muitos será, “caíram do ninho”, mas o que fazer?!
Comigo é a segunda vez que acontece encontrar crias no chão, ainda com penugem como estas nas fotos, e sem saberem voar. A primeira vez encontrei crias de Mocho-galego (Athene noctua), e na última, mais ou menos em Abril encontrei duas crias de Coruja-do-mato (Strix aluco).
Quem nunca ouviu a meio da noite um “huuuuuh….hu, hu’hu’hu’ huuuuuuh!! Sim são destas. A Coruja-do-mato nidifica em árvores, geralmente em árvores grandes que proporcionem abrigo, neste caso havia um grande buraco a cerca de quatro metros de altura. A sua postura normalmente são 2 a 4 ovos, e acontece mais ou menos entre Março e Maio. Estas pelo menos tiveram duas crias.
E ali estavam elas, a olhar para mim… As crias da Coruja-do-mato, e de outras aves nocturnas, chegam a uma altura em que abandonam o ninho, mesmo sem saberem voar, tal como estas ainda com penugem, e que pelo aspecto deveriam possivelmente ter umas 4 ou 5 semanas. Mas estavam bem alimentadas, sem sinais de ferimentos. Como estavam junto a uma estrada, e tal como eu as vi, outro também as poderia ver e ter a tentação de as levar para casa. Nada de mais errado! Então resolvi com cautela, (pois os progenitores são agressivos quando as crias estão em perigo) colocar estas pequenas mais para dentro do mato, de alguma forma “ocultas” a intrusos. Não há motivo para alarme, pois com o anoitecer começarão os chamamentos e acabarão por se reencontrar de novo com facilidade. Caso estivessem feridas ligar para o SEPNA-GNR.
Abraço!
Obrigado! Amigo Mário, a ela (Natureza) devemos tudo, grande abraço, e bom fim de semana 🙂
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Um louvor ao Rui, um grande exemplo de cidadania, um grande amor à natureza.
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