Aqui está uma riqueza natural do nosso país. Depois de descortiçado, a casca do sobreiro acaba por ganhar esta cor avermelhada.
Já plantei bastantes, sem pensar no dinheiro, mas sim em retribuir o que encontrei por cá. Após a germinação da bolota são precisos cerca de 25 anos para se retirar a primeira cortiça a um sobreiro. Esta cortiça “virgem” na maior parte das vezes fica na terra dado não ter valor económico. Normalmente de 9 em 9 anos é retirada a cortiça, a segunda extração denominada de “secundeira” também tem pouco valor. Passado esta vem o terceiro descortiçamento denominado de “amadia”. Nesta altura a cortiça começa a ter mais valor económico. O “pé” do sobreiro deve ser alto, dois, três metros ou mais, pois quanto maiores forem as pranchas maior será o seu valor, e é nesta parte da árvores que a cortiça é mais firme e as pranchas são maiores.
Em Mação pouco valor se dá a esta árvore. É uma pena, pois por cá nem se limpam os sobreiros, nem grandes nem pequenos, o desconhecimento leva a que não reparem no valor que temos nas nossas terras, muitas são as zonas onde eles estão a crescer com força, mas dia a dia lá ficam uns tantos debaixo de terra com o avanço do tão amado eucalipto!
Se não plantarmos hoje, não vamos ter amanhã, quem sabe as gerações vindouras um dia olhem para a floresta com outros olhos.
Esta foto não foi por aqui tirada, foi em trás os montes, e este com bem mais de 100 anos será sempre bem cuidado.
Gady!
Tens toda a razão, da forma como estão a encarar a floresta para as gerações vindouras não restará muito. Temos de agir para bem dos nossos filhos e netos!
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Cabe a cada um de nós agir, desde a fazer algo que contribua para uma melhoria do meio ambiente, quer deixar-mos cá sementes (os nossos filhos) que por sua vez irão deixar também ás “sementes” deles, a mensagem de que a natureza é vital, e que é preciso agir para que seja preservada.
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