O pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) é uma ave bastante fácil de identificar pela sua característica mancha alaranjada no peito, quando juvenil não é o caso pois esta mancha não existe, apresentando estes pequenas manchas que se assemelham a escamas.
Adjectivo esta ave de bela, simpática e muito curiosa, pois por várias vezes que ando pelo campo ou mesmo em jardins, quando dou conta tenho um pisco a escassos metros de mim como que a investigar-me (risos). Também é um extraordinário músico, o seu canto é melodioso e para os mais atentos é bem fácil de identificar pela sua melodia, por vezes emite apenas um simples chamamento (tic-tic-tic-tic).
É predominantemente insectívoro, mas aranhas, lagartas, minhocas, caracóis também fazem parte da sua dieta. Quando o alimento escasseia no inverno também procura bagas e fruta. Esta semana passada apareceu um no comedouro que tenho atrás de casa e pelo que vi também gosta de tostas (risos).
Em Portugal o pisco é uma ave residente, e a sua população aumenta no inverno quando chegam indivíduos vindos do norte da Europa, e bem podemos constatar, nesta altura existem piscos por todo o lado. No verão parecem desaparecer (alguns sim seguindo de novo para norte), os que ficam por Portugal procuram zonas mais frescas e arbustivas para passarem os dias quentes de verão.
Constrói o ninho em buracos nas árvores, nas rochas e até mesmo em buracos no solo. Os ovos são de uma cor branca por vezes azulados com pequenas manchas avermelhadas.
Apesar de bem castiça, esta pequena ave com cerca de 15 gramas, é muito perseguida no campo, pois cai muito facilmente nas tradicionais ratoeiras para aves , “tradição” esta, PROIBIDA POR LEI.
Hasta!!