Já passaram uns dois anos desde que dei por falta de um casal de corvos (Corvus corax) que tinham o território relativamente perto da minha casa. Era frequente vê-los ao entardecer no alto do cabeço da cruz em Mação, por vezes também os via para os lados das Casas-da-Ribeira. No Verão cheguei a observá-los juntamente com as crias do ano, mas são tempos que já lá vão.
Muitos ao ler este artigo dirão “mas eu vejo corvos todos os dias aqui por Mação”, também eu (risos), sim por cá vejo muitas gralhas (Corvus corone).
Embora duas espécies parecidas existem diferenças consideráveis logo a começar pelo tamanho. O corvo é bem maior, tem um bico bem mais robusto, e uma característica “barbela”. Em voo a cauda do corvo termina em forma de “cunha” enquanto que a gralha termina em forma de leque. A vocalização do corvo consiste num seco “cró cró”.
É bastante territorial e quando se estabelece é “um território para toda a vida”. Este grande passeriforme é uma ave bastante versátil e oportunista e o facto de ser omnívoro, a sua alimentação poder variar imenso, levou a que conseguisse conquistar praticamente todo o hemisfério norte do planeta.
Em estado selvagem chegam a viver cerca de vinte anos ou mais, pelo que fico com a ideia que este casal terá sido provavelmente envenenado ou abatido, ou desapareceu por outro motivo qualquer.
Quem sabe se outro casal se venha a restabelecer no território que outrora foi deste casal que aqui deixo nestas fotografias.
Gady!