Apesar da chuva que tem caído hoje, o sol espreitou por breves momentos, e ainda há pouco uns sons na parte de trás da minha casa chamaram-me a atenção, não eram estranhos e até algo familiares. Algo parecido com um “tchak tchak tchak” .Um som seco. Era um casal de pegas-rabudas (Pica pica), uma ave muito comum tanto em Portugal como no resto da Europa.
Conheço bem esta espécie, pois em miúdo e com alguma ignorância talvez da idade acabei por criar uma em casa, isto porque a encontrei no chão quando vinha da escola num fim de tarde, enfim tempos idos…
A pega-rabuda é da família dos corvídeos, preta e branca, os reflexos no preto por vezes revelam verdes e azuis como podem ver nas fotos tiradas hoje à tarde.
Como podem constatar não é difícil de perceber o porquê deste nome, é só repararem na enorme cauda que ostenta. É frequente observa-las quase todos os dias. Estas a princípio estavam a alimentar-se no chão, depois subiram para uma laranjeira, talvez em busca de ovos. Alimenta-se praticamente de tudo, desde vermes, fruta, carne, etc. Certa vez observei-as a roubar ovos de um ninho de rola-turca, a rola bem se esforçou por defender o ninho mas em vão, as pegas levaram a melhor.
O ninho de pega-rabuda é feito de graviços e ao longe parece uma “bola” feita de paus, são facilmente detetados no inverno quando feitos em árvores de folha caduca.
Ora uma conclusão da minha vivência com estes bichos, é que são muitos mais bonitos em liberdade, e se virem alguma no chão é normal, pois onde há crias há progenitores preocupados!
Bom fim de semana!