Hoje pensei escrever sobre uma ave bem castiça da nossa avifauna. O mocho galego, Athene noctua. Ao contrário das restantes aves nocturnas que encontramos por cá, esta pode muitas vezes ser avistada tanto ao amanhecer como ao anoitecer, no alto de um poste, de uma chaminé ou outro local com vista privilegiada.
Onde moro ouço-os muitas vezes com o seu chamamento que se assemelha muito a um latido, é uma ave pequena com cerca de 20 cm e com uma envergadura de cerca de 55 cm, normalmente aproveita buracos nas árvores para nidificar como por exemplo em velhas oliveiras, buracos nas rochas ou no solo, construções humanas entre outros. Alimenta-se de pequenos invertebrados, ratos, pequenas aves entre outros pequenos seres.
Engraçado, que o que me levou a escrever este artigo foi o facto de me ter “debruçado” um pouco sobre o tema e ter terminado uma pintura deste pequeno mocho.
Pintei o fundo algo despreocupadamente, já o mocho tentei aproximar-me um pouco ao que ele é na realidade.
Com uma cor castanho amarelado malhado de um branco sujo, com os seus belos olhos amarelos, as patas resolvi esconde-las debaixo das penas apenas se vendo as garras.
Deixo aqui três fotos tiradas ainda este ano a um mocho galego, em duas delas está numa velha ruína, na terceira pousado numa oliveira.
Agora, ao escrever o artigo, ouvi um latido perto da janela que me era bastante familiar, anda por aqui um vizinho já bem conhecido e que hoje mereceu umas palavras neste meu blogue. Abraço!!