Hoje numa visita à Ponte Velha em Casas da Ribeira (Mação), encontrei por lá “coisas” diferentes de quando lá passei no principio do ano. São autênticas rapinas no mundo dos insectos, libélulas e libelinhas começavam a surgir à medida que o dia aquecia.
Desde miúdo que estes estranhos animais me chamam a atenção, quer pelas suas cores ou pela sua forma de voar que faz lembrar a dos helicópteros.
A melhor forma de distinguir libélulas de libelinhas além do tamanho é a maneira como colocam as asas quando pousadas.
Ora reparem nesta espécie de libelinha, quando pousada as asas ficam colocadas para trás. Trata-se da espécie Calopteryx haemorrhoidalis, conhecida como “gaiteiro negro” em que o macho é de cor preta, e a fêmea mais alaranjada.
Já as libélulas quando pousadas colocam as asas para os lados, neste caso trata-se de uma Orthetrum coerulescens, conhecida como “ortétrum dos ribeiros”, neste caso um macho. Esta espécie apresenta duas faixas brancas no tórax, estas permitem distingui-la de espécies muito parecidas.
Pelo que constactei devem gostar de águas correntes, neste caso com pouca corrente nesta altura do ano.
O ciclo de vida destas espécies começa por um ovo que é colocado na água ou no meio da vegetação, depois nasce uma pró-larva, em seguida vêm a fase de exúvia (larva), por fim a exúvia abandona o meio aquático, de onde vai sair por fim um belo animal com asas, a casca da exúvia fica para trás como esta que tenho na mão na foto abaixo.
Muitas outras espécies andavam por ali além de libélulas e libelinhas, havia muitas borboletas, rãs, piscos cantavam a seu pelo prazer escondidos no meio da vegetação, assim como carriças, melros, ao longe escutavam-se abelharucos e gralhas. Aqui ficam mais algumas fotos da paisagem envolvente.
Abraço!
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