Descendo ribeiras de Mação- Parte 3
Já relativamente perto da Azenha do Cavaco, observo vestígios de uma caçada bem sucedida. No chão imensas penas desvendam que ali foi devorado provavelmente um pombo, e pelo estado das penas posso afirmar que o predador terá sido uma ave de rapina, provavelmente um gavião. Digo isto pelo facto de as penas não estarem “mastigadas”, as rapinas são bem mais “delicadas” neste tipo de trabalho. Se o predador fosse um mamífero notar-se-iam nas penas marcas dos dentes e não estariam tão inteiras como estas.
Vou passando por mais uns pegos, e já com pouca vontade de espreitar cada “buraco” que aparece concentro-me em avançar, pois já passava do “meio dia”, e apesar deste troço de ribeira não ser tão extenso, com tudo o que tem aparecido para ver já por ali ando há umas quatro horas e meia.
Por aqui e por ali vou reparando numas pocinhas esculpidas na rocha provocadas pela erosão da água.
Chego, então, à famosa Azenha do Cavaco. Diferente de como a conheci em tempos, antes não era tão grande e era bem mais bonita. Também era mais difícil lá chegar, hoje em dia já existem estradões até lá o que vai tornando o local mais “vulgar”. Era bem mais porreiro quando tínhamos de subir a ribeira para lá chegar.

Um pouco mais abaixo a Ribeira do Carvoeiro vai perder o seu nome ao juntar-se com a Ribeira do Aziral que nasce nos Bandos. Num pinheiro observo uma garça-real.
Seguindo a Ribeira do Aziral chego à antiga e bonita Ponte do Estreito, também conhecida como a velha Ponte do Aziral.
Também esta ribeira perde o nome ao juntar-se com a Ribeira de Eiras, e por estes lados dou como terminada esta pequena aventura por ribeiras de Mação.
Abraço, e até ao próximo post.