Há umas semanas atrás encontrei uma grande teia de aranha no terraço de minha casa, por cima das muitas plantas que tenho por lá.
Não vi a aranha à primeira, mas, depois de procurar um pouco lá estava ela num canto da sua teia, bem escondida, caso fosse na natureza estaria debaixo de alguma folha, mas aqui esconde-se na cerca artificial que ali tenho.
Trata-se de uma aranha-de-cruz Araneus diadematus, aquele conjunto de manchas brancas no seu abdómen denunciam a forma de uma cruz, a sua principal característica.
Esta, sem duvida pelo tamanho (cerca de 2cm), trata-se de uma fêmea e como acontece noutras espécies o macho é bastante mais pequeno, neste caso não excedendo 1cm.
A aranha-de-cruz pertence a um grupo diferente da aranha-lobo, aranha-napoleão e de outras que não constroem teia e que caçam por “emboscada”, esta constrói uma teia circular e aí é o seu campo de caça. Os seus olhos minúsculos têm uma função secundária não vendo muito bem, em contrapartida tem uma enorme sensibilidade sendo o tacto o seu principal sentido, controlando através dele tudo o que se passa na sua teia.
A cor desta aranha pode variar entre os castanhos e os laranjas avermelhados.
Segundo tive a oportunidade de observar, por vezes estas posiciona-se mesmo no centro da teia à espera que alguma presa lá fique agarrada, mas na maior parte do tempo está num canto escondida, e ao cair uma presa rapidamente a ataca, picando-a e logo de seguida envolve-a com a sua teia.
Fiz várias experiências e reparei que a teia até é bastante forte, pois conseguiu segurar um pequeno gafanhoto que logo se tornou refeição desta minha extravagante inquilina!
Abraço!