Apesar de para muitos esta ser uma árvore ou arbusto ornamental, o azevinho Ilex aquifolium faz parte das nossas florestas nativas, claro que este se distribui por grande parte da Europa, mas também por Portugal. Mas o que terá acontecido para ser tão raro nas nossas paisagens?
Esta bonita planta muito apreciada para ornamentar as nossas casas durante a altura do Natal, sempre foi considerada uma planta benigna desde a antiguidade, usada em festas pagãs e posteriormente em festas cristãs até aos dias de hoje. Por exemplo no tempo dos romanos dava sorte queimar azevinho.
E é, por ser tão amada, que está a desaparecer das nossas paisagens, certo que podemos comprar azevinhos à venda para ornamentar jardins mas tratam-se de espécimes híbridos. Populações espontâneas são muito raras e tendem a desaparecer de vez.
No nosso país é raro encontrar grandes exemplares, mas, esta em boas condições pode crescer acima dos 15 metros de altura e viver alguns séculos, a casca do tronco é lisa com um tom cinzento esverdeada. A sua madeira é bastante dura. É uma árvore de folha persistente, as suas folhas assemelham-se às folhas do carrasco, são rijas e bastante espinhosas nas orlas, de um verde muito lustroso, estas passando o porte arbustivo tendem a perder os espinhos na orla das folhas.
Para dar origem ás bagas é necessária uma planta “feminina” e outra “masculina”. Pelo que já experimentei é possível propaga-las por semente, separei a polpa dos frutos das sementes (cerca de 4 por baga) e coloquei-as na terra, não germinaram no primeiro ano, ficaram esquecidas num vaso e todos os anos germinam algumas, são bastante fáceis de transplantar e tenho algumas plantas bastante saudáveis que pretendo por na “minha floresta”.
É uma pena que, tal como outras bonitas árvores nativas do nosso país, também esta ser de crescimento lento.
O azevinho é uma árvore protegida por lei desde 1989, pelo que é proibido o corte ou comercialização de espécimes selvagens. (Decreto-Lei 423/89 de 4 de Dezembro)
Boas festas!!
Gady
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