Existem flores estranhas e o capuz-de-frade Arisarum simorrhinum é uma delas. A cor, a forma e o facto de aparecer apenas nos meses mais frios, e ficar escondida nos meses mais quentes em forma de um simples tubérculo subterrâneo, torna-a misteriosa. Este tubérculo rebenta todos os anos.

Muito “rasteirinha” e sem dúvida muito misteriosa…

Pertence à família Araceae, à qual também pertencem outras herbáceas, como as conhecidas lentilhas-de-água, que por vezes, tapam por completo a água dos poços.

Mas, voltando ao capuz-de-frade e à sua flor, se bem que esta flor não o é. O que para nós se destaca ao olhar, uma estranha flor em forma de capuz, trata-se antes de uma bráctea, uma estrutura foliácea que acaba por proteger a inflorescência que se esconde no seu interior.

Pertence à família Araceae, à qual também pertencem outras herbáceas, como as conhecidas lentilhas-de-água, que por vezes, tapam por completo a água dos poços.

Na “boca” do “capuz” espreita um espádice, e é nele que surgem estranhas “flores” pelo que os polinizadores terão de fazer uma pequena viagem até ao interior desta estrutura para recolher o néctar e por consequência polinizar também esta bonita planta.

Na “boca” do “capuz” espreita um espádice, e é nele que surgem estranhas “flores”.

No interior encontra-se uma inflorescência…

Retirada a bráctea, vemos pequenas as “flores”.

Quanto ao nome científico, este possui algumas sinonimias, entre as quais Arisarum vulgare, que também é muito usual.

Já acrescentei alguns tubérculos desta bonita planta à minha pequena coleção de espécies nativas do nosso Portugal, agora só tenho de esperar que estas floresçam.

Como podemos ver a raiz do capuz-de-frade é um tubérculo.

Abraço e até ao próximo artigo!

Gady