Libélulas e libelinhas – Qual a sua importância e como as proteger?
Estes são insectos voadores ancestrais e muito dependentes dos meios aquáticos. São excelentes indicadores da qualidade ambiental dos meios aquáticos onde aparecem.
Depois do acasalamento, é na água que a fêmea depositará os ovos, as larvas são aquáticas e predadoras eficazes. Alimentam-se de tudo o que consigam apanhar, mesmo pequenos peixes. Nessa fase da sua evolução denominam-se por exúvias, que mais tarde acabarão por sair para fora de água e do seu interior irá surgir algo mais belo e colorido.
Na fase adulta alimentam-se principalmente de insectos que capturam em voo. São importantes para os ecossistemas ajudando assim a controlar o número de outros insectos, como por exemplo moscas e mosquitos que tanto desprezamos.
Em Portugal existem cerca de 65 espécies de libelinhas e libélulas que muitas vezes apelidamos de tira-olhos, espingardeiro ou mesmo helicópteros.
Ambas pertencem à ordem Odonata, esta divide-se em duas sub-ordens, a Zygoptera (libelinhas), que têm o corpo delgado, dois pares de asas muito parecidas.
Já as libélulas pertencem à sub-ordem Anisoptera, são maiores e têm o corpo mais robusto, as asas não são iguais e quando pousadas as mesmas ficam sempre para os lados.
Em Portugal, existem espécies de libélulas e libelinhas em perigo de extinção. A melhor forma de as proteger é ter mais atenção aos meios aquáticos de que dependem, sejam charcas, regatos, lagos ou rios, tanques, poços e até mesmo meios aquáticos temporários.
Uma forma de as ficar a conhecer é observa-las. Para encontra-las a melhor altura é a partir da Primavera, quando os dias começam a ficar mais quentes. Em dias nublados ou de chuva não são bons para as encontrar.
E onde procura-las? Bom elas estão por todo o lado. Muitas vezes afastadas de meios aquáticos, mas sem dúvida alguma que o melhor local para as encontrar é perto destes. Experimentem fotografar o maior número de espécies, é um desafio fascinante!
Estejam atentos!
Abraço!