Com mais um ano meteorologicamente atípico, em que as chuvas persistiram até meados de Junho, possibilitou que os terrenos ficassem encharcados até mais tarde, em certas zonas.
Consequência disso muitos anfíbios depositaram os ovos nesses terrenos. Na última semana o sol chegou com força e as temperaturas que há uma semana rondavam os 20 graus, passaram para os 35 ou mais, o que fez com que muitas massas de água secassem demasiado rápido.
Num local que venho acompanhando há uns meses, na última semana reparei que em pequenas poças se acumulavam muitas larvas, quer de anuros (anfíbios sem cauda) como sapos e rãs, e de urodelos (anfíbios com cauda) como tritões e salamandras. Em outras zonas completamente secas já as aves se alimentavam de larvas moribundas.
Resolvi então resgata-las do local para lhes dar possibilidade de gerar novas gerações de anfíbios que já estariam mortas se não actuasse.
No local existem salamandras-de-costelas-salientes, salamandra-de-fogo, tritão-marmoreado entre outros urodelos, o que me causa alguma dificuldade na identificação das larvas.
Após várias pesquisas realizadas cheguei à conclusão que se tratarão de larvas de Lissotriton Sp. ou de salamandra-de-costelas-salientes ou de tritão-de-ventre-laranja.
Fotografei algumas dentro de uma taça de plástico pois no local estão tão perfeitamente camufladas que se tornam imperceptíveis.
Terei resgatado cerca de 60 larvas que coloquei em locais similares (nas proximidades), mas que permitem a conclusão da sua fase aquática.
Não esquecer que passando a fase aquática tanto as salamandras como os tritões passam a ser terrestres, apenas na altura da reprodução voltam a frequentar estes locais para depositar os ovos.
Uma ultima foto!
Boas atitudes!
Abraço!
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