Como bem sabemos tudo na vida funciona mais ou menos em ciclos, e um dos mais fascinantes é sem dúvida o ciclo das estações do ano, em que tudo muda consoante o tempo que faz.
Chegou a chuva e o frio. Embora o Inverno ainda esteja longe de chegar, é outono e tudo volta a acontecer, basta estar atento. Muitas aves partiram, muitas aves chegaram outras simplesmente passaram…
Até nós já mudámos os nossos hábitos… lareira acesa, roupa mais quente, no campo procuramos os frutos e os prazeres da estação.
Muitas árvores começam a perder as folhas e a prepararem-se para os meses mais frios do ano… e do chão além dos cogumelos, heis que algo bonito e escondido durante os meses mais quentes do ano emerge do solo.
Trata-se da campainha-de-outono Leucojum autumnale L. uma planta pertencente à família Amaryllidaceae.
São os primeiros bolbos de outono que surgem onde vivo, após estes começarão a aparecer as cores amarelas dos narcisos, o violeta das cilas, e por aí fora.
Pequenas campainhas brancas e cintilantes começam a alegrar os campos, em cada haste rosada com cerca de 10 cm aparecem as flores. Por vezes solitárias, ou em conjunto, duas ou três flores que acabarão por dar lugar a uma pequena cápsula globosa que por sua vez darão origem a pequenas sementes de cor negra.
À primeira vista parece só existirem flores, mas é um engano pois estas apenas aparecem antes das folhas que acabarão por surgir mais tarde, são finas como uma agulha de pinheiro e tenras como a relva.
É uma espécie comum em Portugal, e segundo observei não precisam de solos muito ricos para vingarem, normalmente observo-as em zonas com solos pobres e algo rochosos e com boa exposição solar.
Em alguns países é usada como planta ornamental. Observando bem pelas fotos dá para perceber o porquê.
Abraço