Durante esta semana tive a oportunidade de visitar a Mata dos Sete Montes em Tomar.
Este local fica encostado ao Convento de Cristo, é também conhecida como a Cerca do Convento de Cristo. Tem cerca de 39 hectares e é composta por uma vegetação bem generosa.
Estas terras pertenciam aos Templários e posteriormente à Ordem de Cristo que fundou esta mata. Em tempos por ali existiam hortas e pomares.
Hoje em dia quando entramos temos um enorme jardim com sebes e algumas construções antigas. Encaminhei-me pelo lado direito da mata e logo ali encontrei plantas nativas do nosso país como a gilbardeira, o folhado, o medronheiro e a murta…
A mata é densa e por ali encontramos muitas espécies de árvores, algumas exóticas outras muito portuguesas como o carvalho-cerquinho, as alfarrobeiras que espreitam por entre tílias, o lodão-bastardo com as suas doces bagas.
Também as aves abundam por ali. Desde o melro, o pisco, o pintassilgo e várias espécies de toutinegras, ao longe ouvem-se gralhas.
Na zona mais a Norte parece que a mata sofre reparações, sapadores limpam as árvores, pessoas correm por aqueles caminhos pergunto a uma pessoa que me diz que naquela parte ocorreu um incêndio há uns anos, daí a falta de arvoredo.
Por ali passa o Aqueduto dos Pegões, este construído para de abastecer de água o Convento de Cristo. Foi construído em finais do séc. XVI e princípios do séc. XVII.
No entanto existem carrascos, azinheiras, oliveiras, olaias e no alto de um carvalho um chapim-azul de cabeça para baixo procura alimento.
Volto a entrar numa zona exuberante, por ali também existem pica-paus, ouço um peto-verde, mais tarde um pica-pau-malhado-grande, encontro-me entre grandes pinheiras mansas, junto ao solo árvores mais modestas como os loureiros, nogueiras, choupos, adernos, um pilriteiro. Nessa altura escuto um gaio, uma ave bonita, mas que não aprendeu a cantar.
Ao longe é possível avistar o Convento de Cristo…
Por lá também encontro madressilvas, espargos, alecrim, jasmim. No alto de um plátano passa uma trepadeira-azul, pousa num freixo e volta para trás. Milheirinhas chilreiam lá no alto, não as vejo, mas sei que estão lá. Uma carriça faz se notar com a sua bela melodia. De repente ouço um som, a mim faz-me lembrar quando se sintoniza um rádio dos antigos, era um rabirruivo-preto que iniciava o seu reportório.
Fetos esgueiram-se pelas árvores acima, sem dúvida um local com muita humidade, de repente um esquilo-vermelho trepa por uma árvore.
Sobe e desce…
A sua silhueta não engana, parou para comer.
Por aqui também observo andorinhas-das-rochas, por entre pinheiros, ulmeiros e freixos… aproximo-me da saída.
Sem dúvida um local bom para passear. Um local de introspeção, de recreio, bom para fazer desporto e permanecer perto da natureza.
Termino com mais umas fotos:
Visitem!
Abraço