Seriam 9:30 da manhã quando começamos a subir a Ribeira do Caratão, já que esta se atravessara à nossa frente, ao desaguar na Ribeira de Eiras. Aliás, era essa a ideia inicial, e assim continuamos.
Uma breve paragem para observar a paisagem e tirar mais uma fotografia… o tempo ameno convida-me a caminhar.
Nota-se bem que a ribeira foi intervencionada há pouco tempo. Lembro-me que na última vez que passei por aqui ainda havia muito arvoredo junto à linha de água. Desta forma é muito mais fácil avançar ribeira acima.
Tudo estava mais perceptível e a linha de água estava agora apenas coberta pelo azul do céu.
Um velho moinho revela-se agora na margem esquerda da ribeira.
Destaca-se dos restantes por um simples pormenor. A forma como aquelas duas pedras foram colocadas, suportando assim o peso acima da saída do cabouco.
Arrisco dar um salto para o outro lado da ribeira
Nas seteiras já não corre água. O rodízio também já terá desaparecido há muito, assim como a parte superior deste moinho, no entanto é um local simples e bonito.
Logo ali, um bom local para banhos, que pena não ser verão! Aquele pedaço de água não me escapava! Não é um pego grande, mas servia perfeitamente.
Infelizmente pela ribeira acima já existiam muitas acácias, com esta limpeza não tenho grandes expectativas no futuro destas margens. O mais certo é que daqui a poucos anos, as margens da ribeira fiquem completamente abafadas no meio de novas acácias. Não nos esqueçamos, o corte de uma acácia, faz com que a planta reaja, das suas raízes após o corte, vão brotar novas árvores. Se for uma árvore grande podem rebentar das raízes dezenas de novas árvores. Daí o seu estatuto de invasora.
Lá em cima, na margem esquerda da ribeira observo umas ruínas, um “risco” que ficou marcado na encosta assinala que ali já viveu gente.
Com a ribeira “murada” nas duas margens daqui para cima, começamos a subir a encosta. Queria fotografar a Cascata do Chorro, pois nesta altura do ano, com mais água a correr deve ser fantástica aquela magnifica queda de água. Mas hoje não é dia para lá ir…
Uma nascente de água está agora cativa de eucaliptos. No coments!
Afloramentos rochosos aparecem de forma confusa, a ribeira passa ali no meio daquelas fragas. A primavera está aí e as flores quebram a monotonia com as suas cores.
Lá em baixo vejo a água desaparecer por entre as rochas e vegetação, é ali a Cascata que falei acima.
Como tantas fotografias, hoje fico por aqui.
No próximo “post” termino esta pequena jornada com o regresso à aldeia.
Grande Abraço!!
Gady