Estava na hora de regressar à aldeia! Para não irmos pelo estradão começamos a subir as fragas. Foi fácil subir. Sempre gostei de andar por locais como estes, são locais onde não há monotonia, cada recanto pode ter uma surpresa.
Por ali, a flora ainda não recuperou o seu estado natural, consequências do incêndio de 2017…
Lá do alto observo ao longe a Aldeia do Aziral, uma aldeia onde hoje já não mora ninguém. Deste lado da ribeira fico com outra ideia do Castelo Velho, nunca tinha estado na ponta deste monte.
Apontamos as setas de novo às Casas da Ribeira. As carquejas pintam o chão de amarelo, uma animação para as abelhas e outros seres, até para nós. Quem nunca provou o chá de carqueja?
Depois de caminhar mais um pouco avistamos de novo a aldeia.
Esta é uma aldeia pacata e bem bonita, a precisar de novos habitantes! Sem dúvida um local bonito para viver ou para passar umas férias.
Lá em baixo observa-se a Fonte Velha também conhecida como a Fonte dos Amores. Dois nomes que dão para quem lá pare. Muitos foram ali de cântaro à cabeça buscar água, muitos namoricos terão ali começado… se aquelas paredes falassem…
Ao consultar os censos de 1940 fiquei a saber que ali viveriam 328 pessoas, as voltas que o tempo dá. Passados 79 anos devem ali morar talvez umas 20 pessoas.
Apesar da pouca gente a aldeia está bonita e bem tratada, hortas cultivadas, ruas limpas e casas pintadas.
Um pequeno cão aproxima-se contente por ver gente na rua… ao passar, uma velhinha descansa debaixo do seu chapéu de palha, não nos escuta. Com um pouco de atrevimento tiro uma foto.
Rua dos Barros…
Por ali tudo é castiço e bonito, cada recanto tem o seu encanto.
E estamos de volta ao ponto de partida, à Capela do Senhor dos Aflitos!
Esta pequena viagem acabou! Outras virão! Fiquem atentos!
Grande Abraço!!
Gady