Uma árvore milenar…

Um marco histórico. Fixa no mesmo lugar há muitos, muitos anos. Ali permanece com a sua energia século após século. Estudos apontam para 3350 anos, já imaginaram?

Ora qualquer coisa como… 1250 a.C… Peguem nos livros de história e vejam o que aconteceu nessa época, tempos longínquos.

Estou na freguesia das Mouriscas (Concelho de Abrantes), mais precisamente no lugar de Cascalhos. Junto a uma nobre oliveira, uma das oliveiras mais antigas do mundo!

Símbolo de vida, paz, glória, abundância… no Génesis está escrito que foi um ramo de oliveira (sinal de vida) que a pomba branca que Noé soltara lhe trouxe ao voltar à arca dando esperança ao homem.

Esta bela oliveira Olea europaea, é sem sombra de dúvida um ser vivo incrível, que nos dias de hoje já ganhou nome: Oliveira do Mouchão.

Com o tronco rugoso, cheio de nódulos e cavidades. Reparo nos seus ramos azeitonas já secas, sinal que ainda é produtiva. Algures no tronco encontro um ninho… teias de aranha, musgos e outras plantas que vivem nesta árvore.

A oliveira é uma árvore resistente, habituada às adversidades típicas do clima mediterrânico, estou certo que poderiam existir milhares assim, mas bem sabemos que basta um momento irreflectido do homem para fazer de uma árvore destas, aquecimento para dois ou três meses…

Mas até isso esta árvore superou. Hoje é protegida por lei.

Em Janeiro de 2018, passei por ali e cortei uma estaca de um ramo desta oliveira. Chegado a casa coloquei esta estaca a enraizar. Hoje tenho uma pequena árvore com os mesmos genes desta árvore colossal.

No próximo artigo vou até às Colinas do Tejo… esperem para ver!

Grande abraço!

Gady