Há cerca de uma semana caminhava em termos transmontanos, algures na serra de Figueira – Mogadouro…

Há cerca de uma semana caminhava em termos transmontanos, algures na serra de Figueira – Mogadouro…

A certo momento por cima do arvoredo reparo num vulto, algo grande voa a baixa altitude… “Terá pousado perto” foi o que me ocorreu. Desci a encosta com cautela para ver onde pousara.

A meia encosta o arvoredo diminui pois entro em terras de cultivo. Reparo em algo pousado num poste de telefone perto da estrada. Com mais cuidado tento descer junto a uma linha de árvores que dividia duas parcelas de terreno.

A plumagem como podemos observar nas fotografias é branca e preta, a cauda é em forma de cunha, e a face é amarela o que lhe confere um aspecto completamente diferente da nossa restante avifauna.

Já estava razoavelmente perto…

Rapidamente troquei a lente da máquina fotográfica… era um britango!

Tentei passar por entre a vegetação para não ser detectado ao primeiro instante… e disparei!

Também é conhecido como abutre-do-Egipto, o britango é uma ave rapina com uma envergadura de cerca 160 cm.

Senti um alívio nesse momento, já tinha um registo!

Já os observei bastantes vezes a planar pelos céus do noroeste de Portugal, mas assim pousado é a primeira vez. Para ser sincero nunca os procurei para fotografar, mas já que tinha um modelo, porque não aproveitar!?

Também é conhecido como abutre-do-Egipto, o britango Neophron percnopterus é uma ave rapina com uma envergadura de cerca 160 cm, portanto mais pequeno que o grifo que pode atingir cerca de 270 cm de envergadura. Além de ser mais pequeno que o grifo, também é muito menos numeroso, pelo que é um registo fotográfico bem valioso para mim.

A plumagem como podemos observar nas fotografias é branca e preta, a cauda é em forma de cunha, e a face é amarela o que lhe confere um aspecto completamente diferente da nossa restante avifauna. Enquanto não atingem a maturidade são castanhos o que na minha opinião lhes confere um ar estranho.

Não tive muito tempo para fazer o gosto ao dedo, estava com uma lente que não me permitia fotografar de muito longe, e rapidamente fui detectado, pelo que a ave se lançou em voo pelo vale abaixo.

Não tive muito tempo para fazer o gosto ao dedo, estava com uma lente que não me permitia fotografar de muito longe, e rapidamente fui detetado, pelo que a ave se lançou em voo pelo vale abaixo.

Esta é uma espécie estival, que procura Portugal para procriar. Nesta região, o rio Douro corre em gargantas estreitas, onde existem locais inacessíveis ao homem e propícios para esta ave nidificar. Passa o Inverno a sul, na África subsariana.

Talvez um dia vá propositadamente às arribas do Douro procurar estas aves, mas por hoje fico por aqui, deixo só mais umas fotos desta tarde bem passada.

Subscrevam o meu blog!!!

Obrigado!

Gady