Se leram o meu último artigo, havia observado um local fora do normal a partir do Chão do Rei, relativamente perto da aldeia dos Degolados (Mação). Esse local parecia-me ideal para a existência de um castro. Para ser sincero fui até lá logo no dia seguinte a escrever o meu último artigo. A curiosidade era imensa…
Observando já do lado do “dito” castro… o ponto assinalado a vermelho é o local onde estava com o Gonçalo Lobato quando observei a estranha formação rochosa…
Já tinha passado ali perto centenas de vezes, no entanto os rochedos que via da estrada nunca me tinham chamado a atenção…
Desta vez resolvi subir até lá acima…
A meia encosta, quando olho para cima, parece-me existir por ali algo de misterioso. As rochas, os pinheiros em pé, mas já sem vida, imagino aquela paisagem com uma floresta digna do local, e aquelas rochas com povos de outrora lá do alto a observar-me…
Chegando às fragas, deparo-me com o primeiro desafio… encontrar um local para passar para o lado de dentro…
Lá em baixo está a ribeira do Aziral e o vale onde existem azereiros. Se repararem nesta foto, eu observei este sítio onde me encontro na zona onde se vê o céu, no centro da foto um pouco ao lado esquerdo.
Rapidamente encontro maneira de passar para dentro, um local diferente. É uma formação natural, mas estranha, nunca vi nada igual.
Lá de dentro, no alto, consigo ver o Castelo Velho do Caratão, o Castelo Velho da Zimbreira e a serra da Alfeijoeira.
Umas rochas no chão indicam possíveis construções de habitações no passado, quem sabe?
As rochas aqui formam uma fantástica defesa natural, surgem todas a pender para o exterior.
Estou certo que os nossos antepassados não deixariam escapar este local despercebido.
Visto de satélite, observem….
Pelos visto este local tem nome…
Segundo Maria Otília do Caratão, será o “Alto da Covanca” e tem todo o sentido! Talvez pela enorme forma côncava que que apresenta!
Ora… no dicionário Priberam:
co·van·ca
[Brasil] Terreno cercado de morros, com entrada natural por um dos lados.
Grande abraço!
Gady