Hoje venho adicionar ao blog mais um anfíbio, desta vez o sapo-parteiro-ibérico Alytes cisternasii.
Os sapos parteiros ganharam este nome devido à particularidade de o macho transportar os ovos às costas, assegurando-se que se encontram nas melhores condições para virem a eclodir. Quando esse momento estiver quase a acontecer, larga os ovos numa massa de água adequada ao desenvolvimento dos girinos.
Apesar de ser um animal nocturno, acabei por encontrar um durante o dia quando virei uma pedra, para ser sincero nesse dia nem estava muito dedicado à fauna e flora. Estava simplesmente a escolher pedras para fazer um pequeno muro.
Observando o animal logo me saltou à vista aquela íris dourada. A forma do corpo e as cores, levaram-me rapidamente para o sapo-parteiro, só havia uma dúvida se seria o sapo-parteiro-comum Alytes obstetricans ou o ibérico, vamos ler mais à frente como tiramos as dúvidas!
Como sugere o nome “ibérico”, trata-se de um endemismo ibérico, e em Portugal pode ser encontrado principalmente na metade sul do país, na metade norte é encontrado sobretudo na parte este.
Olhando para este sapo notamos que é de cor clara, não muito grande e para diferencia-lo do sapo-parteiro-comum temos de observar a palma da “mão” dos membros anteriores (os da frente). É óbvio que não adivinhei isto, mas já o li em vários livros dos quais deixo referência no fim do artigo. Na palma da mão do Sapo-parteiro-ibérico encontramos duas calosidades (calos), enquanto que o sapo-parteiro-comum apresenta três calosidades. Ora vejam no esquema que fiz:
Depois de tirar algumas fotografias deixei o animal em paz, coloquei-o ali perto no meio das rochas para que se abrigasse até chegar a noite!
Abraço!
Gady!
MARAVALHAS, Ernestino, SOARES, Albano (2017) – Anfíbios e Repteis de Portugal / Amphibians and Reptiles of Portugal. Booky Publisher.
ARNOLD, E. N.; BURTON, J. A. (1985) – A Field Guide to the Reptiles and Amphibians of Britain and Europe. William Collins Sons & Co Ltd Glasgow, Great Britain.
LOUREIRO, Armando; ALMEIDA, Nuno Ferrand; CARRETERO, Miguel A.; PAULO, Octávio S. (2008) – Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal. INOVA Artes Gráficas. Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade
Mais um post com muito interesse. Tive contactos com sapos desde criança. Nessa altura causavam-me alguma repulsa, e só mais tarde vim a conhecer, felizmente, a sua importância, pelo que mudei de sentimento em relação aos sapos e ensinei os meus filhos a respeitarem-nos. Mas não os distinguia. Agora, com esta informação, essa necessidade impôs-se, ainda mais para que eu saiba qual os tipos de sapos que eu teria visto em criança e que, espero eu, ainda vivam no mesmo habtitat no qual eu os costumava ver. Obrigado.
GostarLiked by 1 person
Adorei!
Não consigo vislumbrar, pela foto, que sapo é!
Gostaria de partilhar em blogspot mas não encontro a partilha.
Parabéns!!
GostarLiked by 2 people
José essa parte já não sei como se faz, talvez fazendo copy paste do link.
Abraço!!!
GostarGostar